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terça-feira, 13 de agosto de 2024

Golpe do "Pix errado" explora recurso de devolução

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu um alerta e detalhou o golpe do "Pix errado". A fraude ocorre depois que a vítima recebe uma transferência e um pedido de estorno da quantia depositada na sequência. Em paralelo, golpistas acionam o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central (BC) para reaver o valor em dobro.

Em nota à imprensa nesta terça-feira (13), a federação que representa o setor bancário explica que o golpe ocorre após a verificação de cadastros disponíveis na internet, como redes sociais, ou em vazamento de dados. Esse processo é realizado para descobrir números de telefone que, muitas vezes, estão cadastrados como uma chave do Pix.

Caso o telefone esteja de fato acoplado à conta de uma pessoa, uma transferência é feita para a chave encontrada. Na sequência, uma mensagem é enviada para quem recebeu o valor com a informação de que houve um engano e a solicitação para a vítima devolver o dinheiro.

"A vítima, de boa-fé, aceita devolver o dinheiro. Só que ao invés de dar a chave Pix da transferência original, o golpista fornece uma chave Pix de uma terceira conta", destaca a Febraban.

Ao mesmo tempo, os agentes por trás da fraude acionam o MED, ferramenta do BC usada para facilitar as devoluções do Pix em casos de golpe. Esse procedimento é realizado após a solicitação ao banco, que analisa a transação para verificar se há procedência no pedido antes de fazer o reembolso da quantia transferida.

"Como o Pix devolvido foi feito para uma terceira conta, diferente da conta original da transferência, as instituições entendem que esta ação é típica de golpe e, daí, podem fazer a retirada do dinheiro do saldo da conta da pessoa enganada", explica a federação. "Se tiver êxito, além de receber o dinheiro devolvido espontaneamente, o bandido também recebe o valor pelo MED e a vítima fica no prejuízo."

Como evitar o golpe do "Pix errado"
Se você recebeu um Pix repentino, o primeiro passo é verificar a origem da transação. Depois, analise a procedência do pedido de estorno e evite fazer a devolução para uma chave diferente da utilizada na transferência "errada".

A Febraban orienta que o correntista deve sempre fazer o reembolso para a conta original em que o Pix foi feito. Esse mecanismo pode ser feito através do botão de devolução de transferências disponível dentro dos aplicativos de banco, geralmente na área de extratos.

"O cliente deve entrar em seu aplicativo bancário e, dentro das funcionalidades do Pix, utilizar a opção de devolução da transação recebida, que automaticamente envia o valor para a conta de origem. Nunca, em hipótese alguma, faça um estorno para uma terceira conta. Se tiver qualquer dúvida, ligue para seu banco", orienta o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, José Gomes.

Fonte: CANALTECH

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